Panteísmo: Toda crença em Deus; Em tudo existe um deus onipresente, várias forças representando elementos da natureza.
O candomblé (do termo Kandombile - culto e oração), foi concebido na cidade africana de Ifé, pelo guerreiro Odúduwà, que saiu da cidade de Meca por motivos bélicos e instalou-se na cidade nigeriana de Ifé, onde deu início a sua fé. De lá, o Ixexe Ibile veio para o Brasil por intermédio dos escravos africanos, e aqui a religião ganhou força e tornou-se o Candomblé.
As primeiras reuniões candomblecistas aconteciam nas senzalas, onde os negros de diferentes etnias se reuniam e elegiam um líder para seu grupo. As diferentes línguas e costumes deram origem às Nações do Candomblé: negros Fons - Nação Jeje; negros Yorubás - Nação Ketu; negros Bantus - Nação Angola.
Durante o período de Colonização, qualquer fé se não católica, era proibida em território brasileiro, com isso, os escravos exerciam sua fé por intermédio do sincretismo com o Catolicismo, ou seja, eram realizados cultos católicos para os Orixás (Ketu), Vodus (Jeje), Inquices (Angola). A partir daí, os Orixás passaram a ter suas datas comemorativas semelhantes ou próximas às festividades católicas.
O Candomblé estava confinado ao Nordeste brasileiro, especialmente na Bahia e Pernambuco, até aproximadamente meados da década de 1960, quando houve a migração nordestina para os grandes centros urbanos do Sul e Sudeste, onde as condições sociais e econômicas foram favoráveis para sua expansão. Assim, a religião deixou de pertencer apenas ao segmento negro, e passou a ser de todos.
Nessa mesma época, outra religião também de origem africana, já estava em ascensão. A Umbanda passou a ser inserida no Candomblé por meio dos umbandistas que praticavam as duas religiões, porém em datas e horários diferentes, e essa junção de adeptos gerou confusão na sociedade, pois devido a falta de informação, as duas religiões são consideradas iguais, quando na verdade, são distintas, tal como o Catolicismo e Protestantismo.
A busca pelas origens da cultura brasileira também influenciou o crescimento e divulgação da religião. Artistas, poetas, intelectuais e pessoas enriquecidas passaram a visitar as Casas de Candomblé para ter o destino lido através dos búzios, que acabou tornando-se uma espécie de oráculo no Brasil, que é aceito e muito utilizado nos dias de hoje.
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2010 |
Muitos consideram o Candomblé como uma religião Monoteísta, enquanto outros a consideram Politeísta. Nenhuma das interpretações está errada, afinal, no Candomblé existe uma divindade suprema - Olodumaré/ Olorum -, caracterizando o Candomblé como monoteísta, já que é o criador dos demais Orixás/ Vodus/ Inquices, que caracterizam a religião como politeísta.
Homens e mulheres africanos que detinham o poder de manipulação sobre os elementos da natureza, tornaram-se as divindades cultuadas no Candomblé. Alguns destes foram divinizados há mais de 5000 anos, enquanto outros não passam de 1000 anos.
> De 0:08 á 3:58 .
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