Rituais

Os rituais efetuados no Candomblé são liderados pelo pai ou mãe-de-santo. As danças em adoração aos Orixás que são encorporados em seus filhos-de-santo, caracterizam os eventos que são realizados nos Barracões.
Atualmente, os rituais da religião são parte do Folclore brasileiro e estão presentes na cultura e tradição do povo, nas festas de ano novo e em banhos para determinados fins.
Os principais rituais dos candomblecistas acontecem em terreiros onde existam altares para homenagear os respectivos Orixás, com seus alimentos e cores nos dias específicos.

Toque: Relativo a festa e está relacionado à batida dos atabaques que são usados para convocar os Orixás.
Os rituais para uma festa do Candomblé começam horas antes do evento começar, e ficou conhecido como Ordem do Xirê, que é dividido em três partes, sendo que a primeira parte acontece durante a tarde, com o Sacrifício, a Oferenda e o Padê de Exú.
A segunda parte é quando a festa começa e os filhos-de-santo recebem os Orixás com a presença do público. A Roda de Oxalá é a terceira e última fase, quando o Orixá criador do homem é homenageado e assim, encerrando a festa.

Roda de Oxalá

Atabaques

Sacrifício: Aqui, são necessários no mínimo dois animais, um de duas patas para Exú e outro quadrúpede, macho ou fêmea, de acordo com o sexo do Orixá homenageado. Este ritual acontece somente perante os membros da comunidade de santo. O responsável pelo ato, é um iniciado no Candomblé que é preparado especialmente para isso.

Os animais recebem um golpe na nuca e são colocados para sangrar até a última gota, com a cabeça e membros cortados, e assim, serão destinados à oferenda.

Oferenda: Após ser sacrificado, o animal tem a moela, coração, fígado, pés, asas e cabeça separados para serem oferecidos ao Orixá em um vaso de barro - alguidar. O sangue que é depositado em uma moringa, é despejado no assentamento do santo, e as partes restantes são servidas durante o jantar aos Orixás durante à tarde, e aos participantes, à noite.

Assentamento de Xangô

Padê de Exú: Mais um ritual fechado ao público, que significa despacho de Exú. Por ser responsável pelas comunicações entre a terra e o sobrenatural, ele convoca os Orixás para a festa dos homens, logo, é necessário agradá-lo com suas comidas preferidas (farofa com dendê, feijão ou inhame) e bebidas (água, cachaça ou mel). A porta de entrada do Terreiro é batizada com a bebida, afinal, Exú é o guardião das entradas e encruzilhadas, o que justifica o fato de encontrar as oferendas em encruzilhadas.